Catita, a escrivinhadora,
Cátia Luciana, a professora,
Cátia Luciana Pereira.
A última nasceu primeiro,
no último dia de 1973,
uma irônica última segunda-feira.
As duas primeiras nasceram aos 12 anos.
A professora, diplomada pela academia
em 1992;
ainda expecta reconhecimento.
A escrivinhadora, deliberada pela de 1973
só em 2000,
publica - ato político - só em 2015.
No batente da faxina à palestra,
no metrô-lotação-sala de aula,
nas palavras lidas,
reviradas,
escrivinhadas,
a preta Cátia Luciana Pereira alimenta
um único desejo:
chamem cada eu pelo que sou.