terça-feira, 29 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Ao apagar as velas
Provas, livros, artigos em pilhas.
Atrasada com os prazos,
sempre curtos.
A ideia na ânsia do registro.
Papel, computador a mão.
A mão sem tempo.
Uma linha pró blog
Casórios, separações, despedidas, nascimentos.
Emocionada com as histórias,
sempre únicas.
As ideias nos papelitos.
Arquivos abertos, pastas criadas.
Primeiras escrivinhações.
Uma linha para celebrar.
Uma linha para chorar.
Politicagem, tragédias, (des)respeito, luta.
Perplexa com os absurdos,
sempre abundantes.
As ideias na tormenta.
Dicionários de sinônimos, chá de capim santo.
Palavras suicidas, oprimidas.
Uma linha sobre fulano.
Uma linha do mundo.
Uma linha para revoltar.
Dores, angústias, amores, memórias.
Encantada com a vida,
sempre imprevisível.
As ideias.
Lacunas, rascunhos, afagos, ausências.
Textitos.
Uma linha de mim que sou,
de mim que desejo,
que pareço.
Uma linha de mim.
Uma linha.
domingo, 13 de outubro de 2013
Uma canção, não fosse...
Se falo,
Intromissão
Se calo,
Omissão.
Se escrevo o que penso,
Suicídio
Se as palavras disfarço,
Covardia.
Se salão de beleza,
Futilidade
Se nenhuma vaidade,
Desleixo.
Se rima,
Primário
Se livre,
Petulante.
Se empolgada,
Ingênua
Se descrente,
Seca.
Se mostro,
Metida
Se escondo,
Egoísta.
"Eta vida besta, meu Deus".
*Publicado originalmente em Palavrarte, 16 de setembro de 2013. (http://portugues.colband.net.br)
O bebê e a bala
Dado à luz há pouco,
a sombra o roubou com o estampido.
Na mídia mais um
número, na sociedade mais uma revolta. Por uma semana.
A mãe viveu morta
para sempre.
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