quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Tranças


Meu crespo grisalho farto
As vozes das minhas de antes
Na minha boca de hoje

As histórias de ontem
Agora nas mãos retintas dela
A trançadeira

Eu velha, ela jovem
Em igual mapa capilar
Que afronta,
quando só se queria brincar.

Quem nos quer trancadas
Não sabe que trançadas
Bastamos
Tais coroas brilhantes ao sol
Reluzentes às luas.

Baobás tocando os céus
Raízes profundas.

Sementes a vingar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário