Da decisão à formação e finalmente ao exercício, foram
anos de descobertas, desilusões, conhecimento, dedicação, esforço e recompensas.
E do início da atuação até hoje (com alguns momentos de interrupção por ser
impossível conciliar os estudos uspianos à distante e querida pré-escola),
foram anos de descobertas, desilusões, conhecimento, dedicação, esforço e
recompensas... da pré-escola aos terceiranistas do ensino médio, passando pelos
aspirantes a cargos públicos e os adultos. Ser professora não é divino e
maravilhoso, é um trabalho. É humano, é terreno. É um trabalho como outro
qualquer: exige qualificação, dedicação, atualização. Busca-se mais acertar que
errar. E quando se erra, aprende-se com o erro.
E como qualquer outro trabalho, faz parte direta ou
indiretamente da vida de qualquer ser humano, exceto daqueles – ainda muitos
pelo mundo – que nunca pisaram numa escola. Às vezes é lembrado
esporadicamente, como aquela dor horrível e repentina que nos leva à emergência
do dentista, em outras é imperceptível de tão cotidiano, como o caminho que
fazemos todos os dias, em algumas poucas é constante e pleno, como o amor que
atravessa décadas.
Mas como todo e qualquer trabalho, deve
ser exercido em condições dignas, ser bem remunerado e ter seu valor
reconhecido. É triste a notícia de que cada vez menos jovens se interessam pelo
magistério e os poucos que se formam hoje desistem logo no começo de carreira.
Juventude sem esperança? Isso não combina! Não sou professora apenas por amor
ao processo de ensino-aprendizagem baseado na construção do conhecimento em
conjunto. Não sou professora por amor “apenas”. Neste 15 de outubro de 2012,
desejo que meus colegas de profissão, da rede pública ou particular, da
pré-escola ao ensino superior, da cidadezinha do interior à grande capital,
possam dizer que se sentem realizados profissionalmente. E para os que ainda
não podem dizer isso, desejo que nosso amor fortaleça e alimente nossa luta em
cada dia letivo (e que descansemos merecidamente nas férias!).
Lindo, Cá! Parabéns pela realização do projeto de vida e do blog! E obrigada por partilhá-lo!
ResponderExcluirToda escola deveria ter uma Cátia.E ponto.
ResponderExcluir(obs: que delícia o seu jeito de escrever!Amei!)
Ai, Laura, ia ser um verdadeiro inferrrno, não?! rsrs. Sinto-me agraciada por sua sensibilidade! bj
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