Ele havia
lido no manual que deveria mastigar bem, mais de 50 vezes, as pessoas más. Não
poderia sobrar grão, mas pó. Não poderia sobrar creme nem caldo, saliva apenas,
que se evaporasse antes de escorrer pela barba.
Porém, o
principal era não engolir. Jamais. Isso só com as pessoas boas, que nem
mastigadas seriam, já que em contato com o céu da boca derretiam-se e eram
dessuavemente (ab)sorvidas.
Um dia, sem
pensar nem avisar, ele engoliu uma pessoa má. E, pra seu espanto, foi como
comer manga com leite ou tomar banho depois de comer. Como viver com tão
macabra descoberta?
Escolheu desviver,
regurgitando dia a dia cada uma das pessoas boas e aspirando em cada canto a pessoa
má que cuspira.
Amei...
ResponderExcluirObrigada!
ExcluirTem razão. A gente não ganha nada sendo boazinha. Nada mesmo.
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